sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Poesia: Nada se Sabe

Solidão III
(Mateus Almeida Cunha)


Não há mais nada além de lágrimas e solidão
O tormento dos que tentaram esquecer da dor

Não há mais tanta lágrima, solidão...
O tormento dos que haviam esquecido da dor

Quem sabe, o medo deixe de existir
Quem saberá?
Quem sabe, a angústia se finde
Quem saberá?
Quem sabe, tornemo-nos mais frios
Quem saberá?
Quem sabe, queiramos apenas lutar
Quem saberá?
Quem sabe, brindemos a vida
Quem saberá?
Quem sabe, sonhemos
Quem saberá?
Quem sabe, recomecemos
Quem saberá?
Quem sabe, aquilo, de dentro, se extinga
Quem saberá?

Quem quererá?
Quem ficará?
Quem mudará?
Quem aceitará?
Quem acatará?
Quem chorará?
Quem findará?
Quem fincará?
Quem brilhará?
Quem adotará?

Nada se sabe
Nada se saberá
Nunca se soube
Nunca se saberá

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