segunda-feira, 14 de março de 2011

Poesia: A Silenciosa Valsa dos Apaixonados

A Silenciosa Valsa dos Apaixonados
Mateus Almeida Cunha




Como se fosse o último suspiro,
a única parte capaz de completar
o vazio que carrego em mim,
em mil pedaços, ai de mim.

A cada dia que (nos) passa,
amando-nos mais e mais, deliro.
Como se fôssemos devorarmo-nos
terna e silenciosamente: eternamente.

Nossos passos cadenciam-se
numa silenciosa valsa que, aos poucos,
vai-e-vem num misterioso passo
vagaroso e contínuo a nos amedrontar.

Onde, juntos
caminhamos em nossas transformações,
destinamos nossa trilha
e, no silêncio, nos amamos.

Onde, juntos
transformamos nossos caminhos,
trilhamos nossos destinos
e amamo-nos em silêncio.