domingo, 28 de março de 2010

Poesia: Sobrevivo (Edna Almeida Cunha)

É com muita satisfação (e orgulho) que faço a primeira postagem de um poema inédito, de autoria de minha mãe (Edna), digno de ser publicado. Quando, hoje à noite, ela me mostrou, terminei de lê-lo com os olhos banhados em lágrimas, em meio a um estado de transe. Extasiado! Cada palavra dita carrega outras tantas não-ditas....  malditas. Ele é um soco no estômago! Lindíssimo! 






Sobrevivo
(Edna Almeida Cunha)


Sobrevivo!
Apesar desse vazio
que habita em mim.
Esse silêncio, esse nada
esse espaço oco
que não me abandona...
Sobrevivo!



Além ou aquém
desse abismo
que me separa do resto do mundo;
abismo invisível...
porém intransponível.
Ainda assim
Sobrevivo...



Mesmo com essa falta
constante e insistente,
de alguém ou
será de alguma coisa?


Nesse espaço desocupado,
abandonado, escondido,
perdido, despercebido
desse jeito
Sobrevivo!

2 comentários:

  1. A tia, que tanto amo, além de linda, doce, meiga, especial e amiga, ainda é POETA!!!
    Que lindo! Que linda!
    Ganhei vários dias. Que lindo! Que linda!

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