CONTEMPLAÇÃO
(Mateus Almeida Cunha)
De repente, a contemplação de um mundo estático:
um abismo entre, os os, dois olhos.
Acorda, do alto, a paisagem a lhe observar:
devorar.
Do alto, o chão a lhe seduzir:
argüir.
Da brisa,
as aves a plainar.
Entre dois mundos, o céu e a terra,
Um penhasco:
s-a-l -----------t-a-r
ou
c
a
i
r
No instante da queda, uma contemplação:
a vida.
Uma dúvida que não mais lhe pertence.
Os braços, como asas frágeis a se desfazer.
Pular, saltar, plainar, cair.
Cair
Cair
Nada mais lhe resta a não ser um corpo que lhe foi.
Não é: fora.
Do chão, as nuvens passam brancas no céu que lhe inspirara.
Sangue.
rs... engraçado como ao contemplarmos as coisas, parecem elas estarem estáticas ou num movimento frenético, o qual não conseguimos acompanhar... Aí percebemos que o posto da contemplação é aquilo que percebemos de nós mesmos, ou um desejo de que assim fosse: um mundo estático, quando se esta em movimento; outro dinâmico quando tudo está parado.
ResponderExcluirAssim, construímos as formas de nossos saltos, pulos, fugas, para "fora" daquilo que não é, mas meramente está... que bom que a escrita está presente!