segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Poesia: A Brusca Procura de Mim



Humildemente vos peço:
- Não me falais sobre as angústias, pois nelas não há solução.

Olha: não me tomes por um cético indeciso que não compreende a essência das coisas,
pois que de tudo fica um pouco. Mas, o que fica mesmo é a sua incerteza de ser e de estar.

Repara: meus olhos já estão cansados de tanto buscar os reflexos
que cedo ou tarde mostrarão o que certamente não quereria perceber.

Sente, meu coração já não bate como antes: tempos idos, dias incertos...
coragem de arriscar e sentir o medo a percorrer o corpo, num ímpeto.

Percebe a vibração que emana dos meus movimentos sutis, estáticos
e percebe também que esse sangue escasso que pulsa em minhas veias mudou.

Ouve aquela voz distante a chamar-lhe a atenção das coisas corriqueiras
e espantas-te com o que vês e sente.

Inspira o cheiro que exala de meu corpo cansado e procura nele o meu próprio sentido,
pois agora que dei por mim, percebo que nada sei sobre esse corpo que carrego e essa voz que vos fala.


[Para Daniela Patrício refletir sobre essa angústia que sentimos do mundo...]

 [Autoria: Mateus Almeida Cunha]

7 comentários:

  1. Cornoooooooo...

    Adorei o blog!!!

    Beijux!
    Saudadeeeee!!!

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  2. Adorei, Mateus! Muito bom!!! :)
    Já me senti assim muitas vezes! Acho muito legal a maneira como você escreve. Acho que são sentimentos comuns a todos... Alguma vez na vida passamos por esses momentos de reflexão.
    PARABÉNS!

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  3. Aliás, alguma vez não... pelo menos alguma vez! Eu sempre passo! eheheheh

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  4. Obrigado, Gi! Eu também SEMPRE passo... - hua hua

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  5. Também gostei Mateus! Parabéns! =D

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