sábado, 20 de fevereiro de 2010

Poesia: Vã Criação




Não faço versos como quem respira
do puro oxigênio a banhar-lhe a artéria
e percorrer o corpo da viva matéria.

Num arsenal de palavras disformes,
cada estrofe a se construir:
disparar sentimentos a ruir.

Seja métrica ou puramente poética,
eu preparo uma rima como quem ama ou sorri.
Talvez nem mesmo saiba se, um dia, algum coração parti.


Em sons rítmicos e descompassados de um verso avassalador
eu tento narrar o tempo que parece ser o que senti.
Em vão, fujo da música que insiste em sair.

Nessa vã criação,
nada além do bem ou do mal
a atormentar-me num dia quase fatal.



[Autoria: Mateus Almeida Cunha]

Um comentário:

  1. Hummm! Gostei do blog, bem a sua cara mesmo né Mateus! bjo! Nayaraa, quer dizer, Nayaneee.

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