Paixão
[Mateus Almeida Cunha]
Entre dois mundos, um muro
e o silêncio e nos calar.
Numa súbita ausência a fraquejar
Como uma pétala, no ar, repousar.
Como o silêncio mudo que dói
Como o silêncio profano, corrói.
Entre tanta angústia,
Entre tanta audácia,
Entre tantos carinhos,
Entre tantos, sozinhos.
Entre dois muros, um mundo
E o silêncio a nos incitar.
Num súbito mistério a se mostrar,
Como numa folha a, no ar, se evolar
Entre tantos anos,
Entre tantos, vamos
Entre tantos olhares,
Entre tantos sonhares,
Apenas esse seu olhar
e esse meu sonhar.
Apenas esse seu gostar
e esse meu amar.
Eternamente a me devorar
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