sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Poesia: Sobre a Solidão VIII

SOBRE A SOLIDÃO VIII
[Mateus Almeida Cunha]



O silêncio!
(escuta)
Ouve essa não-voz que lhe chama
Ouve essa voz que lhe clama
Que que muda, que lembra, que pede.

Em meio a tantos amores perdidos,
correspondidos ou não,
deixados no tempo, em vão,
esquecidos, perdidos
uma lembrança a surgir.

A solidão!
(escuta)
Sente esse vazio que lhe vem
Sente esse vazio que lhe tem
Que que grita, que fica, que implora

Em meio a tantos corações destroçados,
dilacerados ou não,
largados no tempo, se vão,
despercebidos, partidos
uma lembrança a fugir.

O vazio!
(escuta)
Sente essa angústia que lhe corrói
Sente essa angústia que lhe dói
Que chora, que fere, que dilacera.

Entre tantos amores feridos, uma enorme desilusão.
Entre tantos amores antigos, a imensidão da solidão.
Entre tantos amores esquecidos, a vastidão da solidão.
E uma sombra a nos rodear.

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